quarta-feira, 4 de novembro de 2009

P2 e a Conspiração Real - Final


Lista de Licio Gelli com membros da P2 encontrada em 1981:


Mais de 900 nomes; foi dito que pelo menos mil nomes ainda são mantidos em segredo. Inclui 30 generais, 38 membros do parlamento, 4 ministros, ex-ministros, chefes dos serviços secretos, editores de jornais, executivos de TV, homens de negócios, banqueiros, 19 magistrados e 58 professores universitários.

Michele Sindona, Banqueiro com ligações à Mafia.
Roberto Calvi, "Banqueiro de Deus"
Antonio D’Alì, proprietário do Banca Sicula (seu filho, Antonio D'Ali Jr., e Senador de Trapani, eleito pelas listas do Forza Italia)
Silvio Berlusconi, homem de negócios e ex-Primeiro-Ministro da Itália
Victor Emmanuel, Principe de Nápoles
Antonio Amato, Cagliari
General Vito Miceli, chefe dos SIOS (Servizio Informazioni), Serviços Secretos Militares Italinos de 1969 e chefe do SID de 18 de Outubro de 1970 ate 1974. Preso em 1975 acusado de “conspiração contra o Estado” no que diz respeito a investigações acerca do Rosa dei Venti, um grupo infiltrado no Estado e envolvido na estratégia de tensão, tornou-se mais tarde membro do MSI.
Aldo Alasia, Buenos Aires
Luis Alberto Betti, Buenos Aires
Antonio Calvino, Buenos Aires
Cesar De la Vega, Argentina
Raúl Alberto Lastiri, Presidente da Argentina de 13 de Julho de 1973 ate 12 de Outubro de 1973.
Emilio Massera, com Orlando Ramón Agosti, de 1976 ate 1978 foi parte Junta Militar em Buenos Aires, liderada por Jorge Rafael Videla.
José López Rega, Ministro das Obras Sociais no governo de Péron e fundador da Aliança Anticomunista da Argentina. ("Triple A")
Alberto Vignes, ministro Argentino.
Almirante Argentino Carlos Alberto Corti
Maurizio Costanzo, Jornalista Italiano e produtor de muitos dos programas do Mediaset (a televisão comercial de Berlusconi)
Franco Di Bella, Director do Corriere della Sera
Angelo Rizzoli, proprietário do Corriere della Sera, hoje em dia produtor de cinema.
Tassan Din, Director Geral do Corriere della Sera
Massimo Donelli, directoror do TV Sole 24 horas.
Paolo Mosca, ex-director do "Domenica del Corriere"
Gino Nebiolo, nessa altura director do Tg1, foi enviado para director da RAI em Montevideo
Franco Colombo, ex-correspondente da RAI em Paris, aspirante ao P2, agora vice-presidente da sociedade a cargo do túnel de Mont Blanc.
Fabrizio Cicchitto, ex-membro do PSI, agora no Forza Italia.
Alberto Sensini, aspirante ao P2
Roberto Memmo, que fez muito para ajudar a Michele Sindona, e agora director da Fondazione Memmo per l'arte e la cultura, situada em Palazzo Ruspoli em Roma.
Rolando Picchioni, ex-deputado do Democrazia Cristiana, agora secretário do Salone del libro di Torino.
Giancarlo Elia Valori, o único membro do P2 que foi expulso (possivelmente por estar a querer ganhar mais destaque que Licio Gelli), é agora presidente da Associazione Industriali di Roma
Roberto Gervaso, Jornalista e escritor Italiano.
Colonel Italo Poggiolini
Giovambattista Palumbo
General Pietro Musumeci
Twll Dydindi Pharoh
Giuseppe Siracusano
Giovanni Allavena
Franco Picchioni
Giulio Grassini
Colonel Antonio Labruna
Colonel Manlio del Gaudio
General Giuseppe Santovito
Judge Giuseppe Renato Croce
Judge Giovanni Palai
Walter Pelosi (director dos CESIS de 1978 a 1981)
Gustavo Selva, jornalista e deputado da Alianca Nacional
Pietro Longo, secretário do PSDI
Publio Fiori, deputado do Democrazia Cristiana, tranferido para a Aliança Nacional em 1994, ministro aquando do governo de Berlusconi.
Antonio Martino, ministro aquando do governo de Berlusconi (aspirante ao P2)
Duilio Poggiolini, ex Ministro da Saude do PLI.
Massimo de Carolis, Democrazia Cristiana nos anos setenta, agora membro do Forza Italia, ex-presidente do Conselho Municipal de Milao graças á ajuda de Berlusconi.
Angelo de Carolis, político
Mario Tedeschi, político
Enrico Manca, político socialista
Pierluigi Accornero, homem de negócios
Mario Lebole, homem de negócios
Jorge de Souza, Brasil
Pedro dos Santos, Brasil
Claudio Perez Barruna, Costa Rica
Osvaldo Brama, Dakar
Guido Ruta, United States
Randolph K. Stone, Los Angeles, USA
Dott. Hatz Olah, Melbourne, Austrália
Roberto(Bob)Patino, homem de negócios

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

P2 e a Conspiração Real 3


Na foto, Aldo Moro, morto por contrariar as forças ocultas.



Foi alegado por diversas vezes que a P2 esteve envolvida no assassinato do Primeiro-Ministro Aldo Moro, morto pelas Brigadas Vermelhas, depois dos Serviços Secretos Italianos se terem recusado a fazer um acordo com os raptores, contudo nunca seEncontraram provas concretas. Também se suspeitou que a P2 esteve envolvida no Massacre de Bolonha, em 1980, como parte da Estratégia da tensão seguida pela Operação Gladio e executada nos bastidores da OTAN, o que levou à abertura de investigações, nos anos 1990, pela Câmara dos Deputados da Itália.


Irã-Contras e o assassinato do Primeiro-Ministro Sueco Olof Palme


De acordo com uma entrevista dada pelo ex-agente da CIA, Richard Brenneke e Ibrahim Razin ao jornalista da RAI, Ennio Remondino, a P2 recebeu efectivamente fundos da CIA e esteve envolvida igualmente no caso Irão-Contras tal como na estratégia de tensão; aparentemente a CIA suportou a ideia pela sua determinação em fabricar um Golpe-de-Estado caso o Partido Comunista subisse ao poder. Devido à importância destes assuntos, esta entrevista deu azo a uma carta escrita por o Presidente Italiano Francesco Cossiga ao Primeiro-Ministro Giulio Andreotti.


“P: Peço perdão, mas a sua declaração é muito séria. Você diz que a P2 foi uma criação, o braço financeiro e organizacional da CIA para destabilizar, para realizar operações especiais na Europa?”


Richard Brenneke: Não há dúvidas. A P2 desde o início da década de setenta foi usada para o tráfico de armamento, para a destabilização de forma encoberta. Foi feito em secretismo para manter as pessoas longe do envolvimento do governo dos EUA. Em muitos casos foi feito directamente através de escritórios da CIA em Roma e outros casos através de centros operacionais da CIA noutros países.”


Richard Brenneke: “A P2 esteve envolvida na operação pela qual eu próprio acabei em tribunal, isso foi o adiar na autorização das hostilidades americanas ao Irã em 1980” (conhecidas como “Surpresa de Outubro”)


Richard Brenneke afirma ter conhecido Licio Gelli em Paris em Outubro de 1980, numa relação com a “Surpresa de Outubro”. De acordo com ele, William Casey, que mais tarde seria o chefe da CIA mas nesse tempo era um dos responsáveis por a campanha Reagan-Bush, estava presente, tal como Donald Gregg, que se tornou embaixador da Coreia do Sul mas que nessa altura trabalhava para a CIA e para o National Security Council.


Ibrahim Razin, também entrevistado, afirmou que três dias antes do assassinato de Olof Palme, em 1986, Philip Guarino, membro do círculo Republicano, em torno de George H. W. Bush, recebeu um telegrama assinado por Licio Gelli e enviado por um dos seus homens, Umberto Ortolani, de “uma das regiões mais a Sul do Brasil”. O telegrama dizia: “Diz ao nosso amigo que a palmeira Sueca vai ser arrancada.” Até hoje o assassinato de Olof Palme não foi resolvido.De acordo com Ibrahim Razin, “P2 estava no cerne, era um os principais intervenientes no tráfico ilegal de armamento que estava ligado ao tráfico de estupefacientes desde o início.


P2 também teve uma contribuição substancial no branqueamento de capitais provenientes destas actividades de país para país. “Respondendo à questão das relações CIA-P2 Razin diz: “Suficiente para constatar como a P2 estava envolvida na questão do Banco Ambrosiano e com Michele Sindona, e de como a CIA esteve envolta em diversas manipulações financeiras.


Por exemplo, nos Estados Unidos o grande escândalo envolvendo os bancos S&L são por demais conhecidos. O procurador do Estado do Texas encontrou provas do envolvimento da CIA com a falência de muitos desses bancos que usaram fundos ilegais nas suas operações. O homem que sabe muito sobre isto é Richard Brenneke, um ex-agente da CIA do Oregon.


Continua...