segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nacionalismo e o Estado



No mundo atual se identifica o socialismo econômico com a intervenção estatal nos bens de produção e em toda a vida econômica em geral, até chegar pedir a onipotência estatal em toda a vida humana. Aparece como ideal um Estado onipresente, com milhões de funcionários e muitos mais milhões de súditos dentro de si.



O social-nacionalismo não implica em uma burocratização da vida, mas se exclui a idéia liberal de um Estado “neutro”, de um “mal necessário” que mantém o livre “jogo” econômico. Para a política socialista precisa-se um Estado popular, capaz de intervir firmemente contra qualquer intento anti-socialista, capaz de marcar um ambiente ético, uma honradez geral.



Para tudo isso, o Estado precisa contar com o apoio e a vigilância dos elementos mais honrados e íntegros do povo. A missão do movimento é, precisamente, formar estes quadros dispostos a servir ao estado. O êxito da política socialista está TOTALMENTE em contar com estes homens nos postos de direção. Por isto, o Estado deve mudar a idéia de funcionários e burocratas superabundantes, por uma minoria seleta.



A corrupção de um funcionário deve ser, desta forma, um delito gravíssimo, penado com os máximos castigos, e por sua vez, as infrações contra o Tesouro Público, contra qualquer Lei devem ser também fortemente reprimida, ali onde existia a má vontade, mais do que onde haja a oposição à “letra” da Lei.



O Estado deve garantir uma aposentadoria igual e digna para todos que trabalharam durante sua vida laboral, independente de qual fora seu salário. Sendo todos trabalhos de igual dignidade do Estado, todos merecem uma mesma aposentadoria, uma vez que as diferenças de responsabilidade, dedicação e trabalho chegam a seu fim com a aposentadoria. O trabalho do Estado é desta forma, importante em todo o sistema , mas o é mais, enquanto à direção ética do que enquanto à intervenção material e burocrática.


Consideramos a propriedade privada como atributo inalienável da pessoa humana. Todos devem ter acesso à propriedade, e não apenas alguns. Para os casos convenientes, a propriedade comunal compartilhada dos meios de produção é ideal. Esta meta não deve impor-se imediatamente. Todos aqueles que trabalham em uma empresa seriam – segundo sua capacidade, interesse, etc. – co-proprietários. Incluindo um recém chegado que se iria convertendo em co-proprietário a base de deduções parciais de seu salário. Estas formas de co-propriedade são ideais para grandes empresas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Última Lágrima


Foi o dia em que uma notícia ruim se abateu. Um grande homem se foi, devido à complicações em um quadro que só piorou ao se somar ao “melhor de nossa saúde pública”. Vi gente simples chorar e me senti completamente impotente, notando que algumas pessoas boas demais, infelizmente, morrem antes. Só mais uma triste história, que se soma às demais, vividas todo dia.
Não conhecia o homem pessoalmente, mas da proximidade de sua família, pude aprender e tomar admiração, pela pessoa que veio, viu e venceu. Tivera um pequeno comércio no subúrbio carioca, onde prosperou, casou-se e criou suas filhas até que pudessem crescer e construir suas respectivas vidas. Porém, o vai-vem dos governos fez tudo mudar e sua situação piorou, até falir no negócio.
Acompanhei com preocupação a história dele, ao saber nestes dias que adoecera, com complicações no sistema digestivo. Passando por momentos de inconstância, acabou no hospital federal público, a jóia dos olhos do presidente Lula, onde era tratado como um lixo e não gente. Todos que se encontram lá chegam, por não ter outra perspectiva de tratamento.
Por outro lado, o vice-presidente, José Alencar tem condições de prolongar sua vida indo de jatinho para o Sírio-Libanês, tratar de seus tumores que vez ou outra ressurgem. Embora seja milionário e não dependa do dinheiro federal para o tratamento, é de impressionar o esforço da esfera pública para que o vice mais uma vez ressuscite. Não esqueçamos do alvoroço que foi a revelação do câncer de Dilma Roussef, que com certeza será aproveitado nas eleições.
Quanto ao grande homem, anônimo para a esfera pública, faleceu hoje, conforme descobri às 6h da manhã desta quinta-feira. Será a última lágrima de tristeza que verei alguém chorar diante de mim.